31
Mar 20

Sétimo dia sétima epata Tomar a Alvaiázere com 32 kms

Bom dia!

Manhã muito fria temperatura nos 7 graus, tive de vestir roupa mais quente, ontem tive que tratar do pé direito que uma pequena bolha estava a nascer, mas nada de preocupante.

Pequeno-Almoço tomada bidons reabastecidos, os frutos secos, gel e as barras ainda dão para o dia de hoje.

Bom, vamos lá para ponto que passa do Rio Nabão, que grande emaranhado de ruas para fazer esquerda, direita em frente, até parece o labirinto do jardim da “Alice no País das Maravilhas”, esquerda Rua dos Voluntários da República, cruza a Rua João Santos Simões, Praça de Touros, esquerda Rua Manuel dos Santos, direita Rua Principal da Choromela, já estou aficar tonto, chego finalmente há Ponte de Peniche.

Entro num caminho de terra batida passo por baixo da IC9 sigo em frente durante 3kms, esta direcção leva-me para Calvinos, digo para mim mesmo olha um café, está na hora do cafezinho, café bebido, vamos lá ao 5kms a e Vila Verde.

Consulto os apontamentos vejo que tenho que cruzar a EN10 e continuar pela EN348, paro para verificar se não estou perdido, não estou!

Aproxima-se a hora do almoço depois dele, ainda tenho muito que andar, tenho pela frente talvez umas 4 a 5 horas até Alvaiázere.

Cheguei e vou para o Albergue de Peregrinos.

Efeméride

Alvaiázere, Reedificada a primeira povoação por D. Sancho I, este concedeu-lhe foral 2m 1200, sendo Alvaiázere elevada à categoria de vila por foral de D. João I, datado de 1388, e confirmado por D. Manuel I em 1514.

Podemos visitar a Igreja quinhentista, Coreto, a casa com janelas de guilhotina, uma igreja que se encontra abandonada a norte, a grande casa brasonada do séc. XVII onde se diz ter estado escondido um dos assassinos de D. Inês e forja do Sr. António Freire é um monumento vivo.

Não posso esquecer que ali bem perto termina os “Caminhos do Tejo” em Fátima prova que tem o meu carinho muito especial por tudo aqui que já passei e pelos objectivos mentais e desportivos que me propôs a realizar.

A emoção inicial de se olhar no infinito e da incógnita dos quilómetros, a camaradagem que nós colocamos, a noite algo de fabuloso, as rectas que nunca mais acabem, a subida para o Castelo de Santarém com as suas paisagem para o Rio Tejo, a passagem dos míticos 100 kms, os pequenos trilhos deslumbrantes que nos levam aos ´Olhos de Água´ a subida da Serra de Minde para terminar aquele inferno de subidas, descidas, rectas e alcatrão, até que final avista-se ao fundo ao Santuário, esse momento tem algo que ainda não consigo explicar, todo aquele sacrifício desaparece e voltam as forças que iniciei no Pavilhão de Portugal.

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 16:15

30
Mar 20

Sexto dia sexta etapa Golegã a Tomar com 23 kms.

Levantei-me, fui à janela antes de lavar a cara e descer para a sala onde estava o pequeno-almoço e verifico que está a chover, hoje vai ser complicado.

Pequeno-almoço bastante farto, leite, sumo, café, pão, manteiga, fiambre, doce de morango, frutas, queijo e iogurtes.

Eram 8,30m antes de sair troquei a camisola de mangas compridas pelo impermeável e logo no início da Rua D. João IV vi que tinha pela frente algum sacrifício, mas nada me fazia voltar para trás, pouco depois o Centro Cultural Equuspolis, ando 4 kms e tenho um caminho municipal felizmente alcatroado, passo em frente da Quinta da Cardiga, nova estrada de terra batida com muitas possas de água e lama com o Rio Tejo há minha direita, ao longo avisto Vila Nova da Barquinha onde vou beber o cafezinho, que bem preciso a chuva começava-me a deixar um pouco desconfortável.

Após a breve paragem no café que fica no centro da vila voltei à estrada a chuva não de dava tréguas passo para a EN3 cruzo a linha férrea rumo a Atalaia após ter andado 500 metros entro num trilho florestal, digo para os meus botões, “É PÁ” a lama era imensa e o trilho era longo consulto os meus apontamentos e são 5 kms, a chuva não parava finalmente a povoação de Grou e Asseiceira.

Entro na EN10 que me vai levar até Tomar são os últimos 7 kms, tive que comer umas sandes e barra energéticas que levava comigo. Finalmente ao longe a Cidade de Tomar, olhei para o relógio era 17 horas mais um pouco e a jornada de hoje tinha chegado do fim.

Fui direitinho ao Hostel para tomar um banho bem quente que frio tinha tido com fratura durante o dia.

Efeméride

O União Futebol Comércio e Indústria de Tomar é o clube da cidade portuguesa de Tomar (cidade que carrega uma carga histórica de enormíssimo valor cultural que se inicia, antes da fundação de Portugal) , normalmente conhecido apenas como União de Tomar, tendo sido fundado em 4 de maio de  1914. Realiza os seus jogos no Estádio Municipal de Tomar. Na época de 1977-78, chegou a ter como jogador Eusébio, então já no final da sua carreira, assim como o antigo internacional português António Simões.

6 presenças no Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, 34 presenças na Taça de Portugal, Campeão Nacional de Futebol da II Divisão 1973-74, 16 presenças no Campeonato Nacional de Futebol da II Divisão, vencedor da Zona Norte em 1967-68; vencedor da Zona Sul em 1973-74, Campeão Nacional de Futebol da III Divisão 1964-65 (para além de outras 2 vitórias na Série D da III Divisão, em 1982-83 e em 1989-90), 19 presenças no Campeonato Nacional de Futebol da III Divisão, 5 vezes Campeão Distrital de Futebol da A. F. Santarém, Campeão Distrital de Juniores, Campeão Distrital de Juvenis, Campeão Distrital de Iniciados e Campeão Distrital de Escolas (sub-10).

Jogaram no clube nomes importantes do futebol nacional e alguns deles com muitas internacionalizações.

**Guarda-redes - Silva Morais - 61 jogos (71-72, 72-73, 74-75 e 75-76), Nascimento - 53 jogos (71-72 e 72-73), Conhé - 37 jogos (68-69 e 69-70), Arsénio - 18 jogos (68-69).

** Defesas - Faustino - 152 jogos (68-69, 69-70, 71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 1 golo, Kiki - 142 jogos (68-69, 69-70, 71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 4 golos, João Carlos - 78 jogos (69-70, 71-72, 72-73), Calado - 72 jogos (71-72, 74-75, 75-76) - 3 golos, Barnabé - 70 jogos (68-69, 69-70, 71-72, 72-73), Fernandes - 53 jogos (72-73, 74-75), Ferreira Pinto - 47 jogos (68-69, 69-70) - 1 golo, Dui - 46 jogos (68-69, 69-70, 71-72, 72-73) - 1 golo, Zeca - 45 jogos (74-75, 75-76), Carvalho - 33 jogos (74-75, 75-76), Caló - 23 jogos (68-69), Bilreiro - 18 jogos (68-69), Carlos Pereira - 16 jogos (69-70), Santos - 15 jogos (68-69).

**Médios -Manuel José - 82 jogos (69-70, 71-72, 72-73) - 6 golos, Cardoso - 81 jogos (71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 1 golo, Fernando - 73 jogos (69-70, 71-72, 72-73, 74-75) - 8 golos, Florival - 51 jogos (74-75, 75-76) - 9 golos, Barrinha - 51 jogos (74-75, 75-76) - 1 golo, Raul Águas - 51 jogos (72-73, 74-75) - 20 golos, Raul - 46 jogos (69-70, 71-72, 72-73, 74-75, 75-76), Cláudio - 42 jogos (68-69, 69-70) - 4 golos, Sarmento - 33 jogos (74-75, 75-76) - 2 golos, Pedro - 22 jogos (72-73), Lecas - 15 jogos (68-69) - 1 golo.

** Avançados - Camolas - 113 jogos (71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 29 golos, Bolota - 110 jogos (71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 30 golos, Pavão - 109 jogos (71-72, 72-73, 74-75, 75-76) - 7 golos, Leitão - 46 jogos (68-69, 69-70) - 13 golos, Alberto - 45 jogos (68-69, 69-70) - 10 golos, Totói - 44 jogos (68-69, 69-70, 71-72) - 3 golos, Caetano - 32 jogos (72-73, 75-76) - 4 golos, Tito - 26 jogos (69-70) - 6 golos, Vieira - 23 jogos (69-70) - 3 golos, N'Habola - 19 jogos (74-75) - 7 golos, José Luís - 17 jogos (75-76).

(Wikipédia)

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 17:38

29
Mar 20

Quinto dia quinta etapa Santarém a Golegã com 32 kms.

De pequeno-almoço já tomado com mais uma hora hoje que ontem depois da mudança alteração da hora de Inverno para a de Verão.

Deixo o local onde pernoitei, sigo pelo Largo dos Reis em direcção às ruas 1º de Dezembro, 5 de Outubro, passo Portas do Sol, Porta de Santiago (onde existia um conjunto de hospedarias para viajantes, foram destruídas no século XVIII, existindo agora só a Calçada de Santiago), sigo em frente com a linha férrea à esquerda. Já na EN365 depois de ter deixado a EN114 caminho por alcatrão até Vale de Figueira, paro num café para beber uma bica.

Olho para o relógio e para meu espanto quando vejo que são 11,30m estou um pouco atrasado ao horário que tinha planeado, um pouco mais frente entro num caminho de terra batida, novo objectivo é chegar a Reguengo do Alviela com tempo para almoçar um ensopado de enguias.

Depois do almoço entre num embaralhado de trilhos, caminhos de terra batida e estradas de alcatrão para chegar ao Pombalinho, volta à EN365 para concluir o dia de hoje, mas sem passar primeiro pelas quintas da Piedade e cruzar o rio Almonda.

Como estou em pleno Ribatejo escolhi para descansar o Hotel Lusitano.

Efeméride

O lugar de Golegã outrora pertença da Vila de Santarém, foi elevado à categoria de Vila por carta de D. João III, datada de 3 de Novembro de 1534. Segundo vários autores, a Vila da Golegã teve origem no tempo de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I, quando uma mulher natural da Galiza e que residia em Santarém veio estabelecer-se com uma estalagem neste local. Que a Golegã já existia no século XV, parece não haver dúvidas, bem como depois de se haver estabelecido nela a dita Galega, ter passado a denominar-se Venda da Galega, Póvoa da Galega, Vila da Galega e mais tarde por corrupção de linguagem, “Golegã”.

A par da importância do lugar em que se situa, a região da Golegã detinha uma das maiores riquezas: um solo fértil: A fama das suas terras chamou muito povo a si, como grandes agricultores e criadores de cavalos. Dos tempos mais remotos vêm alusões à região, à Quinta da Cardiga que em 1169 foi dada por D. Afonso I à ordem do Templo para arroteamento e cultivo. De século para século foi a mesma sendo doada a outras ordens e, a partir do século XIX, comprada por diversos grandes agricultores.

Já no século XVIII, e com o apoio dado pelo Marquês de Pombal, a feira começou a tomar um importante cariz competitivo, realizando-se concursos hípicos e diversas competições de raças. Os melhores criadores de cavalos concentravam-se então na Golegã. No século XIX, com base na valorização agrária da região, a Golegã voltou a ter grande importância para o que muito contribuíram as figuras de dois grandes agricultores e estadistas: Carlos Relvas, fidalgo da Casa Real, grande amigo do Rei, comendador, lavrador, artista, proprietário de diversos estabelecimentos agrícolas e de dois palácios (onde por várias vezes hospedou a família real), e José Relvas, seu filho, imensamente ligado à causa republicana, ministro das finanças e também um grande

(Historia da Golegã)

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 22:02

28
Mar 20

Quarto dia terceira etapa Azambuja a Santarém com 32 kms.

Uma das etapas mais longa não só pelos quilómetros mas também pelas rectas que tenho de atravessar, mas mais nada posso fazer senão seguir em frente.

Levantei-me cedo o tempo estava fresco fui até à Praça do Município, rua Vitor Cordon (não aquela onde está a sede CGPT-IN), a linha férrea à minha frente, entrei no trilho de terra batida que me leva ao Aeródromo de Alqueidão (onde está um dos Forte que protegeu Lisboa das Evasões Francesas) passo pela Aldeia de Reguengo entro na EN3-3 sigo durante 2kms até ao parque ribeirinho de Valada, caminho pelo lado interior do dique que protege das cheias do Rio Tejo até Muge, continuo na EN3-3 e pela Vila Muge pela Rua do Morgado.

Paro um pouco para comer e reabastecer os meus cantis de água porque a parte da tarde não era fácil e ainda me faltavam uns bons quilómetros até ao destino de hoje.

Despois de ter andado 8 kms avisto ao longe Aeródromo encontro um piso complicado entre caminhos empedrados, terra batida e troços alcatroados, tenho à direita e outras vezes à esquerda altos canaviados, passo por debaixo da A13 e chegou a Ómnias, olho para trás e vejo o Aeródromo nem reparei quando o passei, porque o cansaço já estava instalado.

Até que a famosa Rua de Marvila, (não a de Lisboa, mas a de Santarém) viro à direita ando mais um 1,5km e estou no meu destino.

Já passava das 19 horas e ainda me falta chegar ao Albergue de peregrinos da Santa Casa da Misericórdia. Finalmente estou deitado, depois de um belo banho, jantar e ver se tudo estava pronto para o dia seguinte.

Quando cheguei a Santarém o meu pensamento vai para um dos meus Heróis do 24 de Abril de 1974.

Efeméride

Fernando José Salgueiro Maia, um dos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril de 1974, que marcou o final da ditadura em Portugal.

Nasceu em Castelo de Vide a 1 de julho de 1944

Faleceu 4 de abril de 1992, em Santarém encontra-se sepultado em Castelo de Vide

Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de  1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse anos, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, seguindo as ordens de Otelo Saraiva de Carvalho no Posto de Comando na Pontinha, a rendição de Mracelo Caetano no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.

Na madrugada de 25 de Abril de 1974, durante a parada da Esola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, proferiu o célebre discurso: "Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui! Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.

A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidenta da República. Será transferido para os  Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.

(Wikipédia)

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 21:33

27
Mar 20

Terceiro dia terceira etapa Vila Franca de Xira a Azambuja com 18 kms.

Depois de ter tomado o pequeno-almoço fui até ao Jardim Municipal Constantino Palha bem junto ao Rio Tejo, passei por debaixo da Ponte Marechal Carmona, segui pelo trilho de terra batida que me levou até Castanheira do Ribatejo, em frente dirige-me para Vala do Carregado, tive de inverter para o meu lado esquerdo para cruzar novamente a linha férrea da estação do Carregado (local onde partiu o 1º comboio português), depois da Vala e da Central Termoeléctrica do Ribatejo, já me encontrava na EN3 e ter passado por mais uma estação desta vez a de Vila Nova da Rainha, consultei os meus apontamentos e faltava-me pouco mais de 6 kms.

Tinha percorrido os 18 kms e o Abrigo de Peregrinos da Santa Casa da Misericórdia da Azambuja esta mesmo ali.

Efeméride

O comboio fez a sua estreia em Portugal no dia 28 de Outubro de 1856.

Fontes Pereira de Melo, como Ministro das Obras Públicas, foi o grande timoneiro da modernização das vias rodoviárias e do arranque do caminho-de-ferro no nosso país, considerado condição sine qua non para a industrialização do Reino.

1.º comboio português.

Em Outubro de 1845, seriam publicadas as bases para a construção de caminhos-de-ferro em Portugal, que, no entanto, não teriam qualquer resultado prático.

Só depois do triunfo do movimento da Regeneração, em 1851, seriam criadas as necessárias condições de estabilidade política, para o surgimento do fontismo e da criação das infra-estruturas necessárias ao definitivo desenvolvimento.

As obras do 1.º troço da 1.ª linha-férrea portuguesa começaram em 1853, a cargo da Companhia Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro em Portugal, sob a supervisão de uma companhia inglesa, e demorariam 3 anos. No dia 24 de Agosto de 1856 o rei D. Pedro V, visitou as obras, já em fase de acabamento, mas em Alverca ainda havia irregularidades.

A inauguração ocorreria dois meses depois, concretamente na manhã do dia 28 de Outubro de 1856, entre Lisboa e o Carregado. O novo meio de transporte compunha-se de duas locomotivas (a “Portugal” e a “Coimbra”) e dezasseis carruagens. O trajecto a percorrer era de 36,5 km e demorou cerca de 40 minutos.

Maria Isabel Lemos e Roxas Carvalho Meneses de Saint-Léger, que foi Marquesa de Rio Maior e dama da rainha D. Maria Pia, com apenas quinze anos assistiu a esta viagem inaugural. Sobre as impressões então vividas escreveu no seu “Livro de Memórias”, o seguinte:

«Vou narrar o que me lembra do solene dia da inauguração que, enfim, chegou. Minha mãe não quis ir ao banquete do Carregado. Mas foi comigo, para um cerro fronteiro à estação de Alhandra ver a passagem do comboio (…).

Finalmente, avistámos ao longe um fumozinho branco, na frente de uma fita escura que lembrava uma serpente a avançar devagarinho. Era o comboio? Quando se aproximou, vimos que trazia menos carruagens do que supúnhamos. Vinha festivamente embandeirado o vagão em que viajava D. Pedro V. O comboio parou um momento na estação, de onde se ergueram girândolas estrondosas de foguetes (…).

(…) Só no dia seguinte ouvimos meu pai contar as várias peripécias dessa jornada de inauguração. A máquina (…) não tinha força para puxar todas as carruagens que lhe atrelaram; e fora-as largando pelo caminho. Creio que se o Carregado fosse mais longe e a manter-se uma tal proporção, chegava lá a máquina sozinha ou parte dela (…).

Meu pai passou para a carruagem real, na qual chegou ao Carregado, onde assistiu aos festejos e comeu lautamente, porque o banquete era farto. (…)»

No dia seguinte, celebrava-se o aniversário de D. Fernando e a nova linha seria aberta à exploração, com duas viagens diárias de ida e volta, cujo preço (ida e volta) era o seguinte: 1.ª classe – 700 réis; 2.ª classe – 560 réis; e 3.ª classe – 240 réis.

(Blog Viajando no tempo)

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 21:16

26
Mar 20

Segundo dia segunda etapa Alpriarte a Vila Franca de Xira com 15 kms.

Sai já era claro, mas hoje não tenho o Sol como companhia, tempo ameno com um pouco de vento.

Deixe o albergue para o lardo da localidade e logo pela Rua do Bom Humor. Ingrediente que me vai fazer bastante falta para estes dias, 1 km à frente viro para o carreiro, no final a A1 sigo em frente passo pela Póvoa de Santa Iria, sigo pelo viaduto sobre a linha do comboio, percorro uns quilómetros até Base Aérea de Alverca, sigo pela EN10 e à minha frente Alhandra (aqui recordo o nadador Batista Pereira), passo por cima da linha férrea entro no Passeio Ribeirinho e depois a ciclovia, á direita a Praça de Touros e cheguei a Vila Franca de Xira, ao fim de 5 horas.

Efeméride

Baptista Pereira de seu nome completo Joaquim Baptista Pereira, nasceu a 7 de Março de 1921 e faleceu a 22 de Junho de 1984 em Alhandra sua terra natal.

Nadador de fundo internacional representou sempre o seu clube do coração Alhandra Sporting Clube.

Por a sua terra ser localizada à beira do Rio Tejo, Baptista Pereira, desde muito novo, fez do rio o seu lugar de brincadeira preferida.

O Quim, como era conhecido, filho de pessoas humildes, era aquele garoto traquina que desde muito cedo começou a acompanhar na faina o seu pai, pescador, e para desespero dos pais, a “pouco e pouco”, sozinho começou a aventurar-se no rio a nadar cada vez maiores distâncias, onde além de aprender a profissão, aprendeu a nadar, passando a ser a sua distracção eleita

Aos 13 anos já era o garoto mais popular da sua terra, rapidamente se começou a conhecer as proezas do jovem e todos os seus conterrâneos começaram-lhe a augurar um futuro brilhante na Natação e não descansaram enquanto não obtiveram autorização dos pais para o inscreverem no clube local.

Após várias provas de fundo com assinaláveis sucessos recebe o convite mais desejado: Participar na prova da Travessia do Canal da Mancha

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 16:26

25
Mar 20

Tinha planeado a minha ida a Santiago de Compostela, como não posso fazê-lo fisicamente, vou iniciar hoje a minha Peregrinação Virtual até Santiago de Compostela com partida de Lisboa.

Tenho tudo planeado para chegar a Santiago de Compostela no dia 8 de Abril.

O Sol ainda não era visível no horizonte já eu estava em Lisboa a descer os degraus da Sé de Lisboa para dar inicio há minha jornada.

Antes tinha revisto o que tinha dentro da mochila e tudo estava lá, desde da escova dos dentes até ao cartão multibanco sem esquecer a credencial de peregrino.

Primeira etapa de 22 kms que vai terminar em Alpriarte.

Vou pela Cruzes da Sé onde atravesso a Bairro de Alfama, pouco depois estou com o Largo do Chafariz de Dentro, sigo em direcção ao Campo de Santa Clara, cheguei a Santa Apolónia, ligo a música que levo comigo para canção do Fausto “Por Este Rio Acima”, um pouco mais frente Rua de Xabregas (ao meu lado esquerdo o lindíssimo Museu Nacional do Azulejos), sigo para o Poço do Bispo (que tantas recordações tenho das horas ali passadas com os meus amigos), deixou para trás Rua Fernando Palha e a sede de Oriental, chegou ao Parque das Nações, tenho pela frente 7 kms por carreiros de terra batida que me leva pela margem do rio até que chego a Sacavém e ao Rio Trancão.

Já perto da antiga ponte romana, lembro-me da lenda da “Batalha de Sacavém”.

Efeméride

“Conta a lenda que a batalha terá sido um recontro travado entre D. Afonso Henriques e Taifa de Badajoz e Bezai Zaide, do lado cristão 1.500 guerreiros, do lado muçulmano 5.000 mouros.

Após a conquista de Santarém D. Afonso Henriques preparou-se para tomar Lisboa e assim consolidar definitivamente não só a linha do Tejo como a própria independência de Portugal e o domínio do seu fértil vale garantia-lhe a plena auto-suficiência

D Afonso Henriques dispunha apenas de uma força de mil e quinhentos guerreiros, e foi nessas condições que se iniciou a batalha, tenho como palco Sacavém de Baixo, na margem do Rio de Sacavém (hoje Rio Trancão), junto à velha ponte romana, fortemente defendida pelos mouros.

Não obstante a diferença numérica de forças, acabaram por vencer os cristãos, muito embora a maior parte destes últimos tenha parecido, conseguiram ainda assim matar três mil e quinhentos muçulmanos a fio de espada, tendo os restantes mouros afogando-se no rio ou sido feitos prisioneiros.

Esta miraculosa vitória foi atribuída à Divina intervenção da Virgem Maria que teria feito aparecer durante a batalha «muitos homens estranhos que pelejavam com os cristãos».

(Pacto Português)

E com isto tudo cheguei a Alpriarte ao fim de 6 horas.

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 16:22

23
Mar 20

Dana Helena Maria Ingrova Zatopkova, nascida na Morávia em 1922, filha do coronel Antonin Ingr, comandante do 27º Regimento de Infantaria e apoiante do Presidente democrata Edvard Benes, deposto pela invasão dos nazis alemães, fazendo-o passar pelos campos de concertação de Spilberg, Dachau e Buchenwald.

Ela forçada a trabalho de escritório que não lhe deixava tempo para o voleibol.

Casada com Emil Zatopek nascidos no mesmo dia do mesmo ano, a poucos quilómetros um do outro, tinham casado, após breve oposição da família da noiva, socialmente mais alta, a seguir aos Jogos Olímpicos de 1948.

Jogos Olímpicos, 1952, em Helsínquia – onde Dana ganhou a medalha de ouro no lançamento do dardo -, na Finlândia, terra de Nurmi, o homem, considerado o maior meio fundista do mundo até à chegada de Zatopek seu marido.

As Olímpias de 1952 consagraram não só o triunfo de Zatopek mas também o de Dana Zatopkova e bateram 4 records olímpicos, ele nos 5.000m, 10.000m e Maratona, ela no Lançamento do Dardo, tornaram conhecida uma das mais tocantes histórias de amor dos jogos.

Os Resultados

Lançamento do Dardo – 50,47m - Record Olímpico

5.000m – 14m 6s 2 – Record Olímpico

10.000m – 29m 17s – Record Olímpico

Maratona – 2h 23m 3s 2 – Record Olímpico

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publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 15:51

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