Sétimo dia sétima epata Tomar a Alvaiázere com 32 kms
Bom dia!
Manhã muito fria temperatura nos 7 graus, tive de vestir roupa mais quente, ontem tive que tratar do pé direito que uma pequena bolha estava a nascer, mas nada de preocupante.
Pequeno-Almoço tomada bidons reabastecidos, os frutos secos, gel e as barras ainda dão para o dia de hoje.
Bom, vamos lá para ponto que passa do Rio Nabão, que grande emaranhado de ruas para fazer esquerda, direita em frente, até parece o labirinto do jardim da “Alice no País das Maravilhas”, esquerda Rua dos Voluntários da República, cruza a Rua João Santos Simões, Praça de Touros, esquerda Rua Manuel dos Santos, direita Rua Principal da Choromela, já estou aficar tonto, chego finalmente há Ponte de Peniche.
Entro num caminho de terra batida passo por baixo da IC9 sigo em frente durante 3kms, esta direcção leva-me para Calvinos, digo para mim mesmo olha um café, está na hora do cafezinho, café bebido, vamos lá ao 5kms a e Vila Verde.
Consulto os apontamentos vejo que tenho que cruzar a EN10 e continuar pela EN348, paro para verificar se não estou perdido, não estou!
Aproxima-se a hora do almoço depois dele, ainda tenho muito que andar, tenho pela frente talvez umas 4 a 5 horas até Alvaiázere.
Cheguei e vou para o Albergue de Peregrinos.
Efeméride
Alvaiázere, Reedificada a primeira povoação por D. Sancho I, este concedeu-lhe foral 2m 1200, sendo Alvaiázere elevada à categoria de vila por foral de D. João I, datado de 1388, e confirmado por D. Manuel I em 1514.
Podemos visitar a Igreja quinhentista, Coreto, a casa com janelas de guilhotina, uma igreja que se encontra abandonada a norte, a grande casa brasonada do séc. XVII onde se diz ter estado escondido um dos assassinos de D. Inês e forja do Sr. António Freire é um monumento vivo.
Não posso esquecer que ali bem perto termina os “Caminhos do Tejo” em Fátima prova que tem o meu carinho muito especial por tudo aqui que já passei e pelos objectivos mentais e desportivos que me propôs a realizar.
A emoção inicial de se olhar no infinito e da incógnita dos quilómetros, a camaradagem que nós colocamos, a noite algo de fabuloso, as rectas que nunca mais acabem, a subida para o Castelo de Santarém com as suas paisagem para o Rio Tejo, a passagem dos míticos 100 kms, os pequenos trilhos deslumbrantes que nos levam aos ´Olhos de Água´ a subida da Serra de Minde para terminar aquele inferno de subidas, descidas, rectas e alcatrão, até que final avista-se ao fundo ao Santuário, esse momento tem algo que ainda não consigo explicar, todo aquele sacrifício desaparece e voltam as forças que iniciei no Pavilhão de Portugal.