Tinha planeado a minha ida a Santiago de Compostela, como não posso fazê-lo fisicamente, vou iniciar hoje a minha Peregrinação Virtual até Santiago de Compostela com partida de Lisboa.
Tenho tudo planeado para chegar a Santiago de Compostela no dia 8 de Abril.
O Sol ainda não era visível no horizonte já eu estava em Lisboa a descer os degraus da Sé de Lisboa para dar inicio há minha jornada.
Antes tinha revisto o que tinha dentro da mochila e tudo estava lá, desde da escova dos dentes até ao cartão multibanco sem esquecer a credencial de peregrino.
Primeira etapa de 22 kms que vai terminar em Alpriarte.
Vou pela Cruzes da Sé onde atravesso a Bairro de Alfama, pouco depois estou com o Largo do Chafariz de Dentro, sigo em direcção ao Campo de Santa Clara, cheguei a Santa Apolónia, ligo a música que levo comigo para canção do Fausto “Por Este Rio Acima”, um pouco mais frente Rua de Xabregas (ao meu lado esquerdo o lindíssimo Museu Nacional do Azulejos), sigo para o Poço do Bispo (que tantas recordações tenho das horas ali passadas com os meus amigos), deixou para trás Rua Fernando Palha e a sede de Oriental, chegou ao Parque das Nações, tenho pela frente 7 kms por carreiros de terra batida que me leva pela margem do rio até que chego a Sacavém e ao Rio Trancão.
Já perto da antiga ponte romana, lembro-me da lenda da “Batalha de Sacavém”.
Efeméride
“Conta a lenda que a batalha terá sido um recontro travado entre D. Afonso Henriques e Taifa de Badajoz e Bezai Zaide, do lado cristão 1.500 guerreiros, do lado muçulmano 5.000 mouros.
Após a conquista de Santarém D. Afonso Henriques preparou-se para tomar Lisboa e assim consolidar definitivamente não só a linha do Tejo como a própria independência de Portugal e o domínio do seu fértil vale garantia-lhe a plena auto-suficiência
D Afonso Henriques dispunha apenas de uma força de mil e quinhentos guerreiros, e foi nessas condições que se iniciou a batalha, tenho como palco Sacavém de Baixo, na margem do Rio de Sacavém (hoje Rio Trancão), junto à velha ponte romana, fortemente defendida pelos mouros.
Não obstante a diferença numérica de forças, acabaram por vencer os cristãos, muito embora a maior parte destes últimos tenha parecido, conseguiram ainda assim matar três mil e quinhentos muçulmanos a fio de espada, tendo os restantes mouros afogando-se no rio ou sido feitos prisioneiros.
Esta miraculosa vitória foi atribuída à Divina intervenção da Virgem Maria que teria feito aparecer durante a batalha «muitos homens estranhos que pelejavam com os cristãos».
(Pacto Português)
E com isto tudo cheguei a Alpriarte ao fim de 6 horas.