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Abr 20

Décimo dia, decima etapa Coimbra a Mealhada com 28 kms

Deixou de Coimbra com a canção que todos cantam quando deixam a cidade “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”, tenho hoje pela frente 28 kms, que me levam até à terra dos leitões (uma das 7 Maravilhas da Gastronomia).

Desço até ao Portugal dos Pequenitos, cruzo a ponte de Santa Clara tenho que ir pela Rua Ferreira Borges, tenho à esquerda e direita, Porta de Almedina, Igreja de Santiago, Mosteiro de Santa Cruz, Câmara Municipal, viro à esquerda passo por debaixo da linha férrea, sigo pela estrada alcatroada durante 3 kms para cruzar a EN111 até à IC3, chego a Trouxemil, e aqui até Sargento-Mor ainda tenho pela frente 1,30m o tempo que me separa do cafezinho.

Na EN1 sigo um 1kms até ao trilho florestal, já no trilho olho em frente fico um pouco desconfiado, será que estou no caminho certo, consulto o mapa, verifico que sim o trilho tem é 2,500 kms, trilho com algumas pedras e buracos que o torna um pouco complicado, isto pelos pés que já começam a dar sinal de algum cansaço.

Depois de comer alguma coisa em Mala, porque objectivo é o Leitão ao jantar, olho para o relógio são 15 horas já venho andar há 4 horas, ainda me faltam mais ou menos 3 horas de caminhada, sigo pela EN1 até Lendiosa.

Agora falta-me chegar ao Vimieira e entrar novamente na EN1, digo para os meus bastões “ó! pá!”, já me cheira a leitão e com este cheirinho no nariz e pensamento, entro na Mealhada.

Dirijo-me para Albergue e daí para o Restaurante, finalmente tinha o leitão mesmo ali à minha frente.

 

Efeméride

Apesar de se saber que os romanos já apreciavam leitão, não são muitos os livros de gastronomia que o referem assado. Facto é que desde o século XVII que a criação de suínos se tornou excedentária em terras da Bairrada e esse facto constituiu um grande impulso que o levou à sua comercialização.

O documento mais antigo que se refere a esta iguaria é uma receita conventual de 1743, provavelmente do Mosteiro do Lorvão ou do Mosteiro da Vacariça, compilada num caderno de refeitório de 1900 por António de Macedo Mengo, na qual é descrita uma receita que quase coincide com a receita actual.

Amarelo e apaladado por séculos de tradição, o leitão da Bairrada, é a maior riqueza gastronómica da região.

Com o peso em vivo a oscilar entre os seis e os oito quilos, um mês, mês e meio de idade, o leitão sai do leite materno para se transformar numa iguaria ímpar famosa em todo o país.

Temperado à boa maneira da tradição com uma pasta de sal e pimenta, enfiado no espeto durante duas horas em forno a lenha pelas mãos de especialistas nas voltas e mais voltas da sua confecção, amarelo como ouro na sua pintura a calor lento, o leitão é verdadeiramente um manjar divino.

(Wikipedia)

prato-de-leitao-pedido

 

 

publicado por TERTÚLIA DOS ULTRAS às 17:26

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