Décimo nono dia, décima nona epata Ponte de Lima a Rubiães com 22 kms
Domingo de Páscoa
Tenho que me fazer à estrada para tentar chegar a Rubiães pouco depois do meio-dia que será muito difícil, pelo caminho que é praticamente em serra e com muitas subidas, são 7 horas tenho previsto beber o café na Labruja.
Já havia luz do dia o sol queria nascer e já passava por cima da Ponte que me vai levar para o caminho da Oliveirinha, entre trilhos e azinhagas junto ao Rio Labrujo, da primeira vez que aqui passei chuvia muito e até que se tinha de caminhar por cima do muro porque tudo era água.
Começo a subir um pouco vejo à minha frente duas pessoas ou melhor duas peregrinas, passo por elas digo. Bom dia! Elas respondem, e combinamos fazer aquela subida totalmente cheia de pedras que a torna muito técnica, se assim acontece algum acidente não estava-mos só.
Uma breve apresentação, digo-lhes que venho de Lisboa, a que elas respondem nós vimos do Porto.
Temos que estar atentos às indicações porque algumas não são evidentes, depois de 3 horas nestes trilhos de Serra chegamos à EN202, que neste dia apresente apresenta um grande trafego de carros ligeiros a constratar com os camiões que circulam durante a semana.
Passo por baixo do viaduto que atravessa A27 para entrar na EM522 e a partir daqui até à Casa do Guarda é uma duríssima subida, vencido este obsctáculos, tenho agora a perigosa descida só por causa das pedras, se for feita com cuidado não é nada do outro mundo, o piso do trilho é que não melhora nada.
Entretanto as minhas companheiras de ocasião ficam para trás, eu sigo com determinação e animado pelas recordações de ter já passado por estes trilhos, chego a azenhas de Cabanas, e a Agualonga pouco depois Rubiães e o Albergue.
Efemeride
Labruja. Terra do meu amigo Carlos Barbosa, que em 2008, que nos presenteou a mim, Herculano, Eugénio Barra, Recto com uma pequena festa à entrada da aldeia, que depois estendemos a mais amigos.
Foi uma vigairaria de renúncia da apresentação do arcediago de Labruja, da Sé de Braga, e anteriormente do arcediago do mesmo título da Sé de Tui. Aproveitou do foral de S. Martinho, dado por D. Manuel a 2 de Junho de 1515. É povoação muito antiga, e se não existia já no tempo dos Romanos, existia com toda a certeza no tempo dos Godos. A tradição faz remontar os seus primórdios ao século IX, afirmando ter tido origem num mosteiro beneditino, fundado por D. Hermóigio, bispo de Tui. O mosteiro veio a ser extinto em 1460. A freguesia ostenta considerável riqueza patrimonial, impondo-se, todavia, dois destaques: A Ponte do Arquinho e o Santuário do Senhor do Socorro.