Vigésimo segundo dia, vigésima segunda epata Redondela a Pontevedra com 17,5 kms
Hoje talvez a menor epata para fazer em quilómetros.
Saio de Redondela com um grupo de outros peregrinos dois portugueses de Chaves, um Francês, um Moçambicano e outro Peruano.
Como o nosso entendimento parece ser fácil porque só o Jean é falo muito pouco português com o Angel peruano fala espanhol, estamos mais ou menos bem.
São 6 horas da manhã e vamos direitos á Av. Santa Mariña pela Calle da Picota, passamos junto ao Estádio de Futebol, e vem a pergunta habitual que se faz em frente a qualquer Estádio, de que clube és?
Os dois de Chaves, dizem logo, somos do F.C. Porto mas gostamos muito de Chaves.
O Francês eu sou do Lille.
O Moçambicano o meu clube em Portugal é a Académica de Coimbra na minha terra sou também da Académica de Maputo.
O Angel sou do Club Alianza de Lima onde jogou o Cubillas que foi jogador do FC Porto.
Eu sou do Sporting Clube de Portugal.
E fomos algum tempo a falar de futebol.
Com a conversa nem demos pelos quilómetros e já tínhamos feito metade do caminho, entramos Pontesampaio pela Rua do Veleiro, entramos num café.
Tivemos que cruzar o Rio Verdugo, seguimos pela esquerda, e ficamos embrenhados no núcleo histórico até cruzar a PO-264, a seguir fomos para a vale do rio Tomeza onde os campos de cultivo e vinha é a imagem de marca deste local.
Entrarmos na PO504 quando o Angel que tinha o percurso todo mental nos informou:
Companheiros faltam 5kms para o final.
Na rotunda da PO542 avistamos a estação ferroviária.
Recordo o episódio quando estou a fazer os Caminhos de Santiago entregado na prova organizada pelo José Moutinho, um dos atletas chega de táxi, precisamente a esta rotunda.
Já dentro da cidade vamos para albergue, tomar um banho descansar um pouco e combinamos jantar todos, sem antes primeiro passar pela Capela da Virgem Peregrina.
Efeméride
Em Pontevedra fui visitar a Capela da Virgem Peregrina é um edifício religioso Bem de Interesse Cultural. Foi construído a 18 de junho de 1778, seguindo um projeto de António Souto, costeado pela confraria da sua consagração. A primeira missa foi celebrada a 2 de agosto de 1794.
Fiquei deslumbrado pelos vitrais que são lindíssimos.
O Vitral é originário do Oriente por volta dos X e XI.
Tendo florescido na Europa durante a Idade Média os vitrais foram amplamente utilizados na ornamentação de Igrejas e Catedrais, uma vez que o efeito da luz do sol que, por eles, penetrava, conferia uma maior imponência e espiritualidade ao ambiente, efeito reforçado pelas imagens retratadas, em sua maioria cenas religiosas.
Adicionalmente serviam como recurso didático para a instrução do catolicismo a uma população maioritariamente iletrada.