Nono dia, nona etapa Rabaçal a Coimbra com 30 kms
Fiquei na Pousada da Juventude, são 7,30m levanto-me tomo o pequeno-almoço na companhia de outros utentes, como é habitual nas pousadas a fratura não é tão grande como no hotel mas mesmo assim existe muita oferta.
Dia totalmente diferente do de ontem o Sol já está no horizonte, volto a vestir uma camisola de meia manga, coloco a mochila às costa e vamos iniciar o dia de hoje.
Vou em direcção a Penela, deixo rapidamente a estrada de alcatrão passo para estrada em terra batida até à EN347 aqui a estrada é alcatroada mais alguns quilómetros e a indicação dos Caminhos de Santiago, vou ao cimo da pequena elevação e lá está a cidade romana de Conímbriga.
Deixo para trás Conímbriga entro na EN342 vou pela antiga estrada até IC3 vejo a capela do mártir São Sebastião da Atadoa (que vem no mapa), vou em direcção A13 passo pelo viaduto sigo para a localidade Casconha, vou beber um café e comer um pastel de nata.
Passo a passagem superior sobre a IC2, sigo pela Rua da Cruz, deixo para trás a Capela de São Lourenço a visto a rotunda com a indicação Coimbra tenho que passar desta vez por debaixo IC2, depois da Quinta de São Pedro tenho que percorrer 2,5kms em trilho de terra batida, para chegar a Coimbra ainda tenho pela frente algumas estradas de alcatrão e terra batida, já na Cidade tenho que descer até ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
Efeméride
Com a minha chegada a Coimbra era obrigatório passar pelo largo da Sé para visitar a casa onde viveu José Afonso.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos o José Afonso, simplesmente o Zeca, nasceu em Aveiro a 2 de Agosto de 1929, morreu a 23 de Fevereiro de 1987 em Setúbal.
Nos seus primeiros anos de vida viveu em Angola, aos dez anos estava em Belmonte em casa do tio que era o Presidente da Câmara e Comandante da Legião.
Em Coimbra vive 15 anos, a Coimbra da capa e batina, das serenatas, Zeca começa a cantar em 1952 integra uma lista das esquerda» que concorre à Direcção da Associação Académica de Coimbra (AAC). Em 1953 faz a sua estreia discográfica no grupo de fados de António Brojo e António Portugal, em 1960 grava “A Balada de Outono”, em 1962 participa na crise académica.
Após passar por diversas localidades como professor vai para Setúbal, dez anos um período muito rico de actividades, sessões musicais pelas colectividades da margem sul e no Instituto Superior Técnico co a Pide sempre perna.
25 de Abril de 1974. Revolução. Liberdade, vivem-se tempos de magia, de espectáculos em todo o País. Era a Revolução.
Os meus discos de eleição “Venham Mais Cinco e Traz Outro Amigo Também”.
VIVA JOSÉ AFONSO
(Cantores de Abril)