Décimo sexto dia, décima sexta epata Porto a Vairão com 37 kms
Hoje tenho uma das maiores distâncias para percorrer, e logo com este tempo, muita chuva muito frio, mas nada posso fazer a este estado de coisas, ainda pensei em ficar no Porto o dia de hoje para recuperar forças, e para ver se consigo controlar a pequena constipação que tenho.
O Pedro Amorim ontem deu-me umas saquetas para eu tomar de 4 em 4 horas, é o que vou fazer.
Ora bem, posto isto, o melhor é ir em frente e deixar-me de lamurias.
Estou a iniciar a caminhada na Sé, tenho que passar pelo Posto de Turismo para descer as escadarias para a Igreja dos Grilos em frente até `Igreja da Misericórdia, até aqui lá me vou abrigando como posso da chuva, subo a Rua de São Bento para a Torre dos Clérigos, sei que pela frente tenho as longas ruas da Cedofeita, pela maratonas que já fiz no Porto, lá vou seguindo sempre na companhia da chuva e do vento até que chego aos tuneis que estão sob os prédios da Rua da Constituição.
Vou em direcção à Circunvalação para de seguida ir para Custóias e daí para Leça, onde vou tomar o meu cafezinho da ordem, daqui para a frente tenho que ter muita atenção por são uma série de ruas, cruzamentos, de vira à direita, vira à esquerda, até chegar à EN306, onde a minha atenção tem ser redobrada porque a estrada não tem quase bermas ou não as tem mesmo.
Os carros, camiões e outros veículos não param de passar, e assim se passaram as horas, até que finalmente, estou em Vairão
Efeméride
O Vinho do Porto é um vinho natural e fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da Região Demarcada do Douro, no Norte de Portugal a cerca de 100 km a leste da cidade do Porto, São João da Pesqueira, Régua e Pinhão são os principais centros de produção, mas algumas das melhores vinhas ficam na zona mais a leste.
João da Pesqueira é o conselho com maior produção de vinho do Porto a nível nacional.
Apesar de produzida com uvas do Douro e armazenada nas caves de Vila Nova de Gaia, esta bebida alcoólica ficou conhecida como "vinho do Porto" a partir da segunda metade do século XVII por ser exportada para todo o mundo a partir desta cidade.
Vila Nova de Gaia é o local com maior concentração de álcool por metro quadrado do mundo.
A "descoberta" do vinho do Porto é polémica. Uma das versões, defendida pelos produtores da Inglaterra, refere que a origem data do século XVII, quando os mercadores britânicos adicionaram brandy ao vinho da região do Douro para evitar que ele azedasse. Mas o processo que caracteriza sua obtenção talvez já fosse conhecido bem antes do início do comércio com os ingleses. Já na época dos Descobrimentos o vinho era armazenado desta forma para se conservar um máximo de tempo durante as viagens. A diferença fundamental reside na zona de produção e nas castas utilizadas, hoje protegidas. A empresa Croft foi das primeiras a exportar vinho do Porto, seguida por outras empresas inglesas e escocesas.
O que torna o vinho do Porto diferente dos restantes vinhos, além do clima único, é o facto de a fermentação do vinho não ser completa, sendo parada numa fase inicial (dois ou três dias depois do início), através da adição de uma aguardente vínica neutra (com cerca de 77º de álcool). Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce (visto o açúcar natural das uvas não se transforma completamente em álcool) e mais forte do que os restantes vinhos (entre 19 e 22º de álcool).
Fundamentalmente consideram-se três tipos de vinhos do Porto: Branco, Ruby e Tawny.
(Wikipédia)